quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Como ler o Boletim da Prova Brasil

Como ler o Boletim da Prova Brasil

boletim da Prova Brasil 2013 já pode ser baixado diretamente do site oficial do Inep. Uma boa leitura do boletim pode revelar pedagogicamente qual o aprendizado dos alunos e ainda permitir que a escola faça comparações adequadas a fim de compreender melhor sua situação dentro do município, estado e do país.

Para auxiliá-lo, o portal QEdu.org.br preparou este especial que o guiará na leitura do boletim.

Visão Geral do Boletim

O boletim é composto de 4 partes:
  • Visão geral do contexto da escola;
  • Percentual de alunos em cada um dos níveis e descrição pedagógica do nível;
  • Comparação dos níveis de aprendizado com escolas semelhantes, município, estado e país;
  • Comparação das médias na Prova Brasil;

Visão Geral do Contexto da Escola

A primeira página do documento apresenta informações gerais sobre a escola e a sua particpação na Prova Brasil. A primeira informação, nível socieconomico, posiciona a escola em um dos 7 grupos criados pelo Inep, em que quanto maior o número do grupo maior o nível socieconomico da escola. Esta informação é essencial para que as as escolas avalie o desempenho de outras do mesmo grupo, o que deixar a comparação mais justa

Ao lado, também é apresentado o índice de formação dos professores, que corresponde ao percentual de docentes com formação superior adequada à sua posição.

Logo abaixo, em amarelo, mostra-se quantos alunos realizaram a prova e quanto eles representam do total de matriculados na série avaliada. Quanto maior a taxa de participação, maior a representatividade dos dados obtidos.

Percentual de alunos em cada um dos níveis de aprendizado

Esta parte é o coração do boletim e irá dizer o percentual de alunos que se enquadra em cada um dos níveis de aprendizado estipulados.

Assim, é possível ter uma dimensão do que os alunos estão aprendendo de fato. Vamos para um exemplo de leitura em português, 5º ano.


Neste exemplo, 18% dos alunos estão no nível dois de aprendizado, o que significa que é alta a probabilidade de conseguirem realizar atividades do nível 1 e 2, porém, provavelmente não conseguiriam acertar itens com habilidades dos níveis 3, 4, 5 e 6.

Comparação dos níveis de aprendizado com escolas semelhantes, município, estado e país

Além de conhecer a informação sobre o aprendizado dos alunos da escola, também é possível comparar este resultado. O Boletim permite quatro comparações:
  • Escolas similares: São as escolas do mesmo grupo socioeconômico e de mesma microregião, conforme vimos na primeira página do boletim. Esta é a principal comparação recomendada pelo Inep;
  • Município: Compara com todas as escolas do município;
  • Estado: Compara com todas as escolas do estado;
  • Brasil: Compara com todas as escolas do país;
Seguindo no nosso exemplo, podemos observar que no nível 2 existe um número maior de alunos na escola analisada do que nas escolas semelhantes.


Nesta etapa, é importante que a escola consiga visualizar onde desejaria que seus alunos estivessem. Para português, 5º ano, o QEdu usa como referência de aprendizado adequado os alunos a partir do nível 4. Assim, é possível identificar a proporção de alunos estão com aprendizado adequado na escola e fazer uma comparação mais coerente, veja na imagem abaixo:
Neste exemplo, conseguimos observar que a escola em análise está muito próxima, em termos de aprendizado adequado das escolas similares. O mesmo tipo de análise pode ser feito para Brasil, estado e município.

Comparação das médias na Prova Brasil

As médias na Prova Brasil também podem ser usadas para comparações. Ressaltamos apenas, que as médias podem esconder desigualdades, fato que não ocorre quando fazemos a leitura de alunos em cada nível de aprendizado.

Conclusão

A Prova Brasil oferece dados riquíssimos sobre o aprendizado, mas para que tenha um uso efetivo é necessário que ocorra uma apropriação pedagógica por parte da escola, compreendendo a necessidade de avançar com os alunos nos níveis, e da parte das equipes de gestão, de realizarem comparações adequadas, usando principalmente, as escolas semelhantes.

Disponível em: http://www.qedu.org.br/ajuda/artigo/468030

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Mais de 60% dos alunos do 4º ano não dominam leitura e matemática

Mais de 60% dos alunos do 4º ano não dominam leitura e matemática

Marcelle Souza
Do UOL, em Brasília
Os dados do Terce (Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo), divulgados nesta quinta-feira (4) pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), mostram que mais da metade dos alunos brasileiros do 4º ano do ensino fundamental não dominam habilidades de leitura e matemática.
De acordo com o estudo, 64,26% dos alunos brasileiros não alcançaram o desempenho bom ou ótimo na avaliação em leitura. Desses, 2,60% tiveram resultados muito ruins, 17,19%, ruins e 44,47% ficaram no nível regular. No nível de excelência, 31,21% foram bem na avaliação e só 4,53% atingiram as maiores notas da avaliação.
Em matemática, 61,4% obtiveram notas entre os níveis muito baixo e regular, enquanto 38,61% conseguiram atingir um desempenho bom ou ótimo.

Melhores notas

No 7º ano do ensino fundamental, os resultados foram melhores do que no 4º ano. Nessa etapa, a maioria dos alunos brasileiros teve um desempenho considerado bom ou ótimo. Nessa faixa estão 51,7% dos estudantes que fizeram a prova de matemática e 53,05% dos avaliados em leitura.
O Terce avaliou também os alunos em ciências. Nessa matéria, 14,20% dos estudantes brasileiros tiveram desempenho considerado bom e só 1,46% apresentaram resultados excelentes. Na outra ponta, 5,20% tiraram notas muito ruins, 34,45% tiveram desempenho ruim e 44,69%, regular.
"Esses dados são amostrais, mas são compatíveis aos resultados de outras avaliações que já fizemos, como a Prova Brasil", disse o presidente do Inep, Francisco Soares. "Sabemos que uma parte dos alunos ainda não está no nível que gostaríamos, bom e ótimo, mas estamos no caminho para mudar isso, com o novo PNE (Plano Nacional da Educação)", afirmou.
O Terce avaliou 134 mil estudantes de mais de 3.200 escolas da América Latina e Caribe. Participaram da avaliação 15 países da região (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai) e o Estado mexicano de Nuevo León
Leia mais em: http://zip.net/bfqmvN

Disponível em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/educacao/2014/12/04/mais-de-60-dos-alunos-do-4-ano-nao-dominam-leitura-e-matematica.htm